Cerimônia de despedida acontece neste sábado (19), no cemitério do Morumbi, em São Paulo
A publicidade brasileira perdeu, nesta sexta-feira (18), Roberto Duailibi, o D da DPZ, aos 89 anos – ele completaria 90 em outubro. O publicitário havia passado por uma cirurgia para a colocação de um stent no coração e chegou a ir para casa, mas não resistiu.
Formado pela Escola de Propaganda de São Paulo, em 1956, Roberto Duailibi iniciou sua carreira na Colgate-Palmolive antes de atuar como redator em algumas das principais agências, como JWT, McCann Ericson, entre outras.
Em 1968, Duailibi se juntou a José Zaragoza e Francesc Petit para criarem a lendária DPZ.
Roberto Duailibi também foi professor de Criação na Escola de Comunicações e Artes da USP, além de ter sido presidente da Abap (Associação Brasileira das Agências de Publicidade) em três gestões.
O publicitário também era escritor. Foi autor de diversos livros, entre eles, 'Criatividade & Marketing' e 'Cartas a um Jovem Publicitário', lançado em 2005. Duailibi ocupava a cadeira de número 21 da Academia Paulista de Letras.
O velório será realizado neste sábado (19), das 9h às 16h, no cemitério do Morumbi, zona sul de São Paulo.
Repercussão
Nomes importantes da publicidade brasileira se manifestaram sobre o falecimento de Roberto Duailibi.
Marcello Serpa disse que foi um privilégio ter sido 'alfabetizado na arte da criação pelas três letras mais charmosas da história da propaganda'.
CEO e CCO da BETC Havas, Erh Ray escreveu que Duailibi foi um 'mestre generoso, um gênio da palavra, um cavalheiro da propaganda'. Erh disse ainda que o legado de Duailibi está nas ideias que inspiram até hoje.
Nizan Guanaes escreveu que Roberto Duailibi era empreendedor, prospectador e político. "Aqui onde estou está chuvoso e chove em mim tbm", afirmou Guanaes.